sábado, 28 de julho de 2018

Ditos dos Padres do Deserto



Vá e pratique primeiro o que está escrito


Pai Abraão disse de um homem de Scete que era um escriba e não comia pão. Um irmão veio a ele para copiar um livro. O velho homem cujo espírito estava absorto em contemplação escreveu, porém omitindo algumas frases e sem pontuação. O irmão, tomando o livro e desejando pontuá-lo, notou que faltavam palavras. Então disse ao ancião, "Pai, faltam algumas palavras." O ancião disse a ele, "Vá e pratique primeiro o que está escrito, depois volte e eu escreverei o restante."



terça-feira, 24 de julho de 2018

Não Percamos nunca a Esperança



Não Percamos nunca a Esperança


Respeitemos rigorosamente estas duas normas de conduta: não perder nunca a esperança e não deixar que outros o façam. Encaremos sempre o futuro com valentia, buscando sempre um ponto luminoso. Não nos atrevamos a cair na desesperança, porque nosso estado espiritual poderia projetar-se naqueles em que nos rodeiam e nossos mórbidos pensamentos poderiam fazer que eles também perdessem a esperança, junto à sua capacidade de lutar contra as tentações. Antes de falar em voz alta de nossos medos, melhor calemos! Se nosso coração está cheio da alegria da esperança, poderemos falar em voz alta da fé e da felicidade que Deus nos deu, para que se projetem, como uma benção, sobre esses que estão ao redor de nós. Não esqueçamos que, ainda nos dias mais escuros, o Sol brilha mais além das nuvens esperando com paciência que apareça novamente no firmamento, não nos permitamos cair na desesperação. Esta destrói o que conseguimos avançar, nos faz sentir débeis. Vejamos sempre adiante, buscando sempre um ponto luminoso. O Senhor guiará nossas esperanças, e a vida que nos rodeia parecerá mais alegre, mais luminosa e mais bela.


(Traduzido de: Fiecare zi, un dar al lui Dumnezeu: 366 cuvinte de folos pentru toate zilele anului, Editura Sophia, p. 372)
FONTE: 

http://doxologia.org/es/palabras-de-espiritualidad/no-perdamos-nunca-la-esperanza

sábado, 21 de julho de 2018

Ditos dos Padres do Deserto




Dizia-se do Pai Ammoes que quando ele ia à igreja, não permitia que seu discípulo caminhasse ao seu lado mas a uma certa distância; e se esse último viesse lhe perguntar sobre seus pensamentos, ele se afastava dele logo após responder-lhe, "é por receio que, após tão edificantes palavras, sobrevenham conversas irrelevantes, que eu não permito que caminhes comigo."

Sem Cristo tudo é escuridão e demência


Sem Cristo tudo é escuridão e demência


O conhecimento deste Reino, que nos revelou Cristo Redentor, é inconfundivelmente maior que qualquer outro conhecimento. Somente na Luz deste conhecimento de Cristo, todo e qualquer conhecimento adquire um sentido e um valor, assim como disse o grande apóstolo:

“Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo”

Desta maneira, sem Cristo, tudo é escuridão e demência. E aquele que, sendo mortal, busca a verdadeira sabedoria, isto é, a sabedoria celestial que ilumina nossa vida nesta terra e a toda criatura sob o céu, esse considerará uma loucura qualquer conhecimento mundano em si mesmo e o que venha dos demais, porque não levará além do sepulcro.  Porque, certamente, é uma loucura qualquer sabedoria que se dá a si mesma esse nome, estando longe de Deus, quem vive e é Uno, e distante de Cristo Ressuscitado e Seu Reino de eterna Luz e felicidade.

Desse modo, é muito útil que cada um se reconheça ignorante frente à infinita sabedoria de Cristo, porque somente assim cada um poderá também fazer-se sábio, em Cristo.

Episcop Nicolae VelimiroviciRăspunsuri la întrebări ale lumii de astăzi, volumul I, Editura Sophia, Bucureşti, 2002, pp. 134-135)

sexta-feira, 20 de julho de 2018

A única traição virtuosa



A única traição virtuosa


ARCHIMANDRITA SERAFÍN ALEXIEV

 Não escondas os pecados em sua alma! Tal prática é como uma enfermidade mortal. É uma ferida que, se não a operamos, nos pode levar à tumba. Escondendo nossos pecados fazemos um enorme favor ao maligno, quem nos convida a cometer infâmias e em seguida a ocultar-las em nossa alma, como se tratasse de um tesouro seu, que lhe servirá para culpar-nos. Confessa, então, tudo o que mancha a consciência! Quanto mais logo tire o lixo de sua alma, mais rapidamente será apagada do Dom de Deus. Aquele que peca une-se ao maligno. Mas aquele que se confessa rompe a amizade com os demônios. A confissão é então, trair ao inimigo. É a única traição virtuosa.


Arhimandrit Serafim Alexiev, Leacul uitat – Sfânta Taină a Spovedaniei, Traducere din limba bulgară de Gheorghiță Ciocioi și Petre-Valentin Lică, Editura Sophia, București, p. 79)


quinta-feira, 19 de julho de 2018

Ditos dos Padres do Deserto

"Estreito é o caminho que leva à salvação e são poucos os que caminham por ele; e largo e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e são muitos os que caminham por ele."
 (Mt. 7,14)



Perguntaram ao Pai Ammonas: "Qual é o caminho estreito e apertado?" (Mt. 7,14). Ele respondeu: O caminho estreito e apertado é este, controlar seus pensamentos e despojar-se de sua própria vontade por amor de Deus. Também isto é o significado da sentença: "Senhor, eis que deixamos tudo e te seguimos." (Mt 19, 27)

As armadilhas do Inimigo no caminho do Cristão




As armadilhas do Inimigo no caminho do Cristão


São João Clímaco



Três são as fossas que os demônios colocam em nosso caminho, quando queremos levar uma vida de acordo à vontade de Deus. Em primeiro lugar, lutam para nos impedir de fazer o bem. Ao não conseguir-lo, se esforçam em nos determinar que tudo o que façamos seja contrário à vontade de Deus.


E quando não conseguem nem isto se imiscui em nossa alma, nos elogiando porque toda a nossa vida parece realmente agradável a Deus.

A arma para lutar contra a primeira dessas artimanhas do maligno é o discernimento e a recordação constante de nossa própria morte; para lutar contra a segunda, há que utilizar a obediência e a humildade. E a arma para vencer a terceira dessas armadilhas é a incessante difamação de si mesmo.

Este deve ser nosso afã, até que o fogo do amor Divino acenda em nossos corações (Salmos 72, 17)

(Traducido de: Ioan Scărarul, Scara Raiului, Editura Amarcord Timișoara - 2000, pp.407)